Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a saúde do fígado é um fator frequentemente subestimado quando se fala em fertilidade, mas exerce influência direta sobre a capacidade reprodutiva. Esse órgão é responsável por metabolizar hormônios, eliminar toxinas e regular processos essenciais ao equilíbrio do corpo. Quando não funciona de forma adequada, podem surgir desequilíbrios hormonais, inflamações e deficiências nutricionais que dificultam a concepção, tanto em homens quanto em mulheres.
O fígado e o equilíbrio hormonal na reprodução
O fígado atua como regulador natural dos níveis hormonais, processando substâncias como estrogênio, progesterona e testosterona. Quando sobrecarregado, ele perde a eficiência nesse processo, resultando em acúmulo ou deficiência hormonal. Em mulheres, isso pode se traduzir em ciclos menstruais irregulares, falhas na ovulação e aumento do risco de distúrbios como a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Nos homens, o mau funcionamento hepático pode reduzir a produção de testosterona, afetar a espermatogênese e diminuir a libido.
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, fatores como dieta desequilibrada, uso excessivo de álcool, sedentarismo e exposição prolongada a substâncias químicas contribuem para a sobrecarga do fígado. Essa situação não apenas afeta a saúde geral, mas também interfere no ambiente hormonal necessário para a concepção, comprometendo a fertilidade a médio e longo prazo.
Como as doenças hepáticas afetam homens e mulheres
Doenças hepáticas crônicas, como hepatite, esteatose e cirrose, comprometem a metabolização de hormônios e nutrientes essenciais à reprodução. Nas mulheres, a redução da capacidade do fígado em metabolizar o estrogênio pode levar ao excesso desse hormônio na corrente sanguínea, prejudicando o desenvolvimento adequado do endométrio. Já nos homens, a baixa metabolização da testosterona afeta diretamente a produção e qualidade dos espermatozoides.
Tosyn Lopes ressalta que alterações hepáticas também estão associadas a um estado inflamatório crônico, que prejudica o ambiente uterino e a implantação embrionária. Além disso, a má função hepática pode provocar resistência à insulina, desequilíbrio que influencia negativamente tanto a ovulação quanto a qualidade dos gametas.
Estratégias para proteger a saúde hepática e preservar a fertilidade
Manter hábitos de vida saudáveis é a primeira medida para proteger o fígado. Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras auxilia na eliminação de toxinas e na manutenção do metabolismo adequado. Evitar o consumo excessivo de gorduras saturadas, açúcares refinados e alimentos ultraprocessados é igualmente importante para prevenir a sobrecarga hepática.
Segundo Tosyn Lopes, a prática regular de atividades físicas contribui para o controle do peso e melhora a sensibilidade à insulina, fatores que beneficiam diretamente a função hepática e reprodutiva. Além disso, manter-se hidratado, reduzir o consumo de álcool e evitar a automedicação são cuidados essenciais para prevenir danos ao fígado.
Importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico
A avaliação periódica da saúde hepática deve fazer parte da rotina de quem deseja preservar a fertilidade. Exames como testes de função hepática e ultrassonografia abdominal podem identificar alterações antes que causem danos irreversíveis. Quando detectadas precocemente, muitas doenças hepáticas podem ser tratadas ou controladas, minimizando seu impacto na capacidade de conceber.
Conforme evidencia Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o acompanhamento médico especializado permite uma abordagem integrada, unindo cuidados com o fígado e estratégias para melhorar a fertilidade. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dieta, modificar o uso de medicamentos ou iniciar tratamentos específicos para restaurar o equilíbrio hormonal e otimizar as chances de gravidez.
Conexão entre saúde hepática e qualidade de vida reprodutiva
O fígado é um pilar central para a saúde geral, e sua influência na reprodução vai muito além da metabolização hormonal. Ao manter esse órgão saudável, é possível garantir um ambiente reprodutivo mais favorável, melhorar a qualidade dos gametas e aumentar as chances de uma gestação saudável. Essa conexão reforça a importância de incluir o cuidado com o fígado no planejamento familiar.
Tosyn Lopes frisa que preservar a função hepática é um investimento no futuro reprodutivo. Mudanças simples no dia a dia, associadas a um acompanhamento médico adequado, podem evitar complicações e abrir caminho para uma fertilidade equilibrada e duradoura.
Autor: Mibriam Elhora
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